Mar à Pedra

Mar à Pedra

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Paz Podre



Segundo notícia, amplamente, difundida pelos meios de comunicação locais (há que aproveitar enquanto ainda existem) foi eleita a nova Comissão Política do PSD e restantes órgãos internos. Até aqui, quase nada de novo, até porque as pessoas são as mesmas, até nisso a notícia tem uma tez de monotonia. 

Interessante foi evidenciar a presença, como seria de esperar, de um "tubarão" (na verdadeira acepção da palavra), em termos distritais, chamado Fernando Costa. Sim, aquele senhor que depois de uma boa "rega" deu aquele afamado espetáculo no Congresso Nacional do seu partido político. 

Com menos euforia veio, este senhor, à Nazaré dizer que a situação financeira em que o país se encontra é da responsabilidade do PS. Ironia do destino estava a falar para uma plateia onde se encontrava um dos piores autarcas eleitos por listas social democratas, desde o 25 de Abril, principalmente, na gestão financeira. Classificar este ato como bizarro será, talvez, um eufemismo grosseiro. 

Falou-se em ganhar, ganhar e mais ganhar, aqui, em Leiria, na China, enfim ganhar é que é importante. O resto é mais do mesmo! 

Interessante foi o desafio lançado à atual comissão eleita de jamais excluir o atual chefe de executivo do processo eleitoral. Assim mesmo! Transformar Jorge Barroso num estandarte de sucesso! Mais uma bizarria, ou talvez não... Pena é este senhor não saber, ou não querer saber, que os jardins públicos não são aparados por falta de gasolina; que os automóveis estão em oficinas há meses por falta de pagamento de reparação; todos os projetos de encher o olho estão no fundo do baú; que já se vendem terrenos para pagar vencimentos, enfim, até os cavaleiros do Círio da Senhora da Vitória passaram fome! Poderia perder mais algum tempo dos leitores com bizarrias, mas este é um discurso que não quero alongar, talvez por ser demasiado monocórdico. 

Afinal é este o verdadeiro estandarte que se quer levantar. Ótimo! E na sombra o paladino que diverge na acentuação das sílabas tónicas como: (perdoem-me o atrevimento) "póssamos", "tênhamos" e "fáçamos". Calma! Bem sei que esta característica não é de um só. Existem , por aí, mais paladinos a expressar-se em Português do Gabão. 

Finalmente, sinto necessidade de referir que, uma vez mais, concordo com o Presidente da Assembleia Municipal da Nazaré. É verdade! Ultimamente, tenho estado de acordo com muitas das suas afirmações públicas. Esta é mais uma. Mas vamos à frase da concórdia. José Bento Jordão considerou ser "difícil suceder a Jorge Barroso"! Quem não concorda com uma frase de tal profundidade? Tenho é a certeza que o argumentário da concordância possa, eventualmente, ser diferente, ou talvez não... Na minha opinião foi mais uma alfinetada à péssima gestão do concelho, disfarçada de elogio. Estarei enganado? Talvez! Mas será que acreditam mesmo que Barroso foi um bom Presidente? Incógnitas que, alguns não se atrevem a descodificar, pelo menos por enquanto. 

Aparentemente, a unanimidade é evidente! Apesar de não se ter um projeto de governação coerente e sério estão todos preparados para o novo assalto aos euros da Democracia. Para isso não podem existir roturas e para os que as promovem a porta está escancarada e o empurrão será dado quando menos esperarem. 

Como nunca fui um adepto das unanimidades forçadas, só porque me fazem lembrar coisas do passado, só por isso... Esqueci de referir que a derradeira estratégia desta força política é a derradeira ingerência no processo eleitoral do partido rival. 

Fico-me com a seguinte pergunta retórica: Como é possível a esperteza social democrata conseguir derrotar a inteligência dos grande estrategas socialistas? Parece mentira! Mas não é. Então que diabos! Abram os olhos e lavem-nos com água porque os banhos de creolina não só emanam um cheiro desagradável e característico como também turva o raio de visão. 

Um recadinho: Ninguém gosta do cheiro da creolina. Afasta as pessoas. Tomemos um banhinho com água de rosas, nem que seja semanal, e vão ver que a proximidade das populações será diferente. 



Au revoir!

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