Mar à Pedra

Mar à Pedra

quinta-feira, 21 de março de 2013

O que é o PAEL da Nazaré?



Muitos dos munícipes do concelho da Nazaré não sabem o que, efetivamente, significa o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). É um facto! Pelo que tenho auscultado pelo contacto com os cidadãos, os poucos que têm um conhecimento, ainda que vago, do âmbito deste PAEL não poderia ser mais falacioso. 

O que tem sido dito e escrito pelo Executivo Camarário anuncia que a aprovação deste Programa viabiliza o investimento no concelho, a dinamização da economia local e até a execução de obras prometidas. Uma vez mais, nada mais falso. 

Não querendo ser "dono da verdade" mas sim alguém que busca esclarecer os verdadeiros propósitos deste PAEL não me resta alternativa (em semana em que o mesmo foi viabilizado pelo mais que descredibilizado governo central) senão ajudar a clarificar a questão.

Aconselho todos os que têm dúvidas acerca deste PAEL e das repercussões que este programa terá no concelho e para as suas populações a ouvirem a declaração de voto da bancada do Partido Socialista, apresentada na Assembleia Municipal da Nazaré de 20 de dezembro de 2012, após votação e respetiva aprovação pela maioria PSD.
Ainda assim aconselho todos os interessados a consultar as gravações dos ficheiros das sessões ocorridas no ano transato para poderem ter uma opinião ainda mais formada acerca de todas as problemáticas que existem e agudizam-se no concelho. Podem fazê-lo em:

http://www.cm-nazare.pt/custompages/showpage.aspx?pageid=5ff5255a-eb28-45c8-bff9-60022d045008&m=c227

Façam-no e depois sim, tirem as respetivas conclusões.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Homenagem à mulher da Nazaré


Este poema foi por mim criado no, já longínquo, ano de 1996. Tinha  então uns singelos 19 aninhos. 
Publico-o agora como singela homenagem a todos os que sofreram as agruras da vida do mar, em especial, a mulher do pescador que, impotente, tantas vezes, assistiu ao partir de entes queridos: Pais, maridos, filhos e até netos desapareciam na penumbra do mar de quem só se perpetuava a saudade. 
Mas a mulher, mesmo sofrendo, e muito, não virava a cara à luta. A sua coragem e abnegação não devem ser esquecidas e têm de perdurar no genoma local, para bem da identidade nazarena.


Povo bravio, que a vida arrisca
em turbulentas águas,
sedentas de desgraça humana;
vida dá, e risco emana.



Nortada Neptuno apoia
na fogosa busca de morte
o pescador arrisca a sorte
pr’a que dos seus não cuide a vida.



Chispam dos céus tortuosos raios
por Zeus mandados, por bravos recebidos,
sobrenaturais forças ceifam lacaios
nobres estes que de pé são vencidos.



Injustiça impera pr’a lá da praia
afundando consigo bravura e fé
deixando lutuoso povo de negra saia
naquela praia, Nazaré…

Jorge Eustáquio                                                                                      27.06.96